sábado, 25 de dezembro de 2010

listinha básica....

Todo mundo tem, ainda q inconscientemente, uma listinha pré ano novo. Ela normalmente serve apenas pra inglês ver, como diria o outro. Pq, no final das contas, dos ítens enumerados, poucos são cumpridos totalmente.
A minha é, mais ou menos, assim:

Tentar emagrecer (tentar pq, como já dito, é muito difícil cumprir todo o planejado. Ainda mais qdo o vício a ser desprezado é tão intrínseco).
Entrar na academia (q está ligado ao item anterior, mas, vale, tbm, em razão da proximidade dos 30).
Fazer um estoque de renew.
Usar o estoque de renew.
Ler mais. (não inclui Caras, Contigo e afins, no salão).
Gastar menos (essa listinha incorpora muitos sacrifícios).
Passar mais tempo com a minha família.
Passar mais tempo comigo.
Passar mais tempo com Deus.
Ligar, mandar e-mail, recado no orkut, whatever, para quem me importa de verdade.
Fazer drenagem linfática (ADORO!!!!)
Passar no mestrado.
Controlar a ansiedade (esse aqui envolve a ajuda do meu companheiro riva, de 2mg!!!)
Viajar.
Ler rótulos.
Fugir da gordura trans.
Aprender a dirigir DIREITO...
Controlar o colesterol.
E a pressão.
E a loucura...(lembrem-se, tudo é tentativa...!!!)
Amar mais.
Ser mais feliz.
E, claro, como faço todas as noites, tentar dominar o mundo...rs!!!

Feliz 2011, gente! Tenham Deus à sua frente, pois a lista Dele é perfeita e beeem melhor q qq outra!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Minha mãe é bonita.

É difícil falar do q é mais verdadeiro na gente.
É difícil admitir erros e limitações, sobretudo, qdo estes ferem os q mais amamos.
Minha mãe sempre foi uma mulher linda. De personalidade forte, alegre.
Lembro, qdo criança, a observava, recostada à porta, se maquiar. Os olhos verdes, de rio doce, se tornavam ainda mais vibrantes, o rosto aveludado assumia um rosado de flor. Linda...a única coisa em q pensava era se, um dia, eu tbm seria tão bonita.
Minha mãe é bonita na bravura. Suportou baques e reveses da vida com coragem e simplicidade.
Meu pai teve câncer. Uma doença cruel, fria e nociva não só a quem ela acomete. Toda a família, de fato, ficara debilitada. Inclusive ela. Mas, não sei de onde, retirava forças, a cada manhã, para cuidar, acalmar e amar aquele homem viril, q a doença havia feito um bebê. E, mesmo na sandice q a morfina causava, meu pai reconhecia o mérito daquela mulher companheira, amiga, generosa e forte...não raro, em seus devaneios, ele dizia q a amava, agradecia e, no dia de sua morte, pediu q fossem embora juntos...
Graças a Deus, ela não foi. Minha mãe guerreira ficou para tornar a mim e Diego pessoas de bem. Ela, mãe-pai, se desdobrou, lutou contra as maledicências dos pulhas mesquinhos q nada sabem de amor. Lutou contra adversidade financeira, contra a solidão, do vazio de alguém q havia deixado a vida, mas, não a havia deixado. E venceu.
Sinto muito por todas as vezes em q eu não estive ao lado dela. Sinto muito por todas as ocasiões em q não compreendi sua forma de amar. Eu não era mãe. Não sabia q as entranhas daquela mulher eram preenchidas por amor, zelo e abdicação. Não entendia. E peço perdão.
Mas, hj, eu posso ver. E tento, dia após dia, ser a filha q ela merece. E tento, na frente do espelho, me revestir das tintas da vida, pintando a cara, o comportamento e a alma da beleza da minha mãe...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

parabéns a vc...

Eu adoro o dia do meu aniversário.
Um mês e pouco antes, já  entro em contagem regressiva (irritante aos q me cercam, confesso). E entro num estado de euforia q quase me entorpece.
Não sei bem por quê isso acontece. Acho q é a unicidade de um dia destinado a mim...todos os olhares e interesses são meus (e tbm o egocentrismo, o narcisismo e a loucura). Na realidade, sei q não é bem assim. Mas, gosto de pensar q o mundo, no dia 20 de dezembro, conspira, em todas as suas voltas, para q eu seja feliz.
E assim acontece. Normalmente, há uma atmosfera de excitação no ar, q se inicia nas vésperas do dia. Um frenesi incontido, uma ligação danada para os q me interessam e, algumas vezes, os q não me interessam tbm, para relembrá-los da magnitude inegável da data vindoura...e, com o advento da internet, e-mail, orkut, msn, facebook todos são meus aliados, para q ngm se esqueça de mim.
Ontem, foi meu aniversário. E, para meu espanto (não decepção), as coisas não aconteceram dessa forma. De fato, foi um dia alegre. Mas, curiosamente normal. Não sei a razão. Celebrei, sim, a vida. Mas, de uma maneira singela e incrivelmente silenciosa. Não dei plantão ao lado do telefone, ou à frente do computador. Não aguardei ansiosa as flores chegarem. Simplesmente, saboreei momentos de encanto ao lado daqueles q amo (e para quem, se diga passageiramente, não é necessário relembrar nada a meu respeito). Estive com minha mãe amada, meu irmão querido, Arthur e Leo. Troquei fralda, corri atrás de menino, dei boas risadas, por relembrar fatos antigos, ganhei beijos, dei beijos, vivi.
Ontem, completei 29 anos. E devo dizer q celebrei meu primeiro ano. Celebrei minha vida, na minha introspecção, na prece calada, na companhia não requisitada. Como deve ser de verdade.
Parece q estou crescendo mesmo. Ainda adoro meu aniversário. Adoro a minha vida. E quem quiser, puder e, se der, q celebre ao meu lado.
Viva a Bruna!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Lá fora, amor, uma rosa nasceu...

A gente vive assim, numa urgência não se sabe de quê, uma carência do q não conhece...
A gente trabalha. Muito. Pra ter dinheiro.
A gente sorri. Pouco. Pra não perder tempo.
A gente anda apressado. Fala apressado. Ama apressado.
Não há ocasião para ser detido. No beijo, no olhar, no abraço.
As pequenas coisas, aquelas dos arredores das coisas grandes são inúteis, invisíveis, quase.
As folhas dançarinas de árvores centenárias, os pássaros tenores, rasgando o véu do silêncio noturnal, o sorriso lambuzado de doçura de uma criança, um obrigado, um bom dia, um eu te amo...
Tudo besta, tudo pouco para quem precisa de muito não se sabe o quê.
Não se sabe nem mesmo onde reside o tal muito.
A gente trilha tantos caminhos escarpados, a gente erra tanto pela incógnita.
E se desfaz e abre mão do corriqueiro, do q está ali dia-a-dia. Da "bença", mãe, do beijo na hora de dormir, do sorrir com os amigos, de admirar o encanto do filho jogado no sofá, assistindo a um desenho qualquer.
A gente se irrita. Sempre.
E fica doente por dentro. Mas, não se cuida não. A gente não tem tempo.
A gente se mete num carro, num trânsito q Deus me livre e, horas a fio, frea, acelera, frea, acelera, erra a marcha, perde a marcha, sai de marcha. Pra chegar.
E, enquanto isso, lá, do lado de fora do vidro fechado (percepção deturpada de paz), o mundo gira e a vida assume uma frequência acelerada, q não se pode parar e nem perceber. Afinal, é preciso alcançar.
Acho q a gente busca é a felicidade. Tolamente. A gente almeja o q está pelo caminho, mas, não enxerga.
A gente quer é a alegria de um domingo cedinho, com o menino na cama da gente, se embolando com a gente, subindo na gente, beijando a gente molhado, querendo dizer q a vida está acontecendo agora e amanhã, talvez, seja tarde.

dá logo um abraço!

Ontem, tive uma experiência encantadora.
Há algum tempo, passei por uma rusga com uma pessoa muito querida (coisa q só acontece mesmo com gente querida...outra gente, diria minha mãe, pouco se me dá). E ficamos sem nos ver e falar por um período.
O fato é q meu coração reclamava sua presença. Eu sentia falta dos conselhos, do cuidado, dos sorrisos.
E há este traço, em minha personalidade, indelével, inegável...qdo beiro o fastio pela minha resistência, me permito invadir e transbordar pelo arrependimento.
Fui até ela e simplesmente a abracei, longa, demorada, lindamente.
Foi emocionante, muito benéfico à minha alma. Voltei pra casa desafogada, leve, feliz.
Há poder indissolúvel num abraço verdadeiro. É como se os braços cósmicos de Deus se unissem, permitindo, naquele enlace, repouso, restauração.
Tudo de q precisava.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

lamento

Nunca, como agora, o mundo me assustou tanto.
Talvez por ter crescido, envelhecido, amadurecido. Talvez, por ter me tornado mãe, temerosa de tanta violência, receosa de q isso alcance Arthur.
E meu estarrecimento de hoje não é em razão da guerra do tráfico, do preconceito, das chacinas, dos estupros, da prostituição infantil ou não, da pedofilia, do tal bullying.
Hoje, estou indignada pela banalização da vida. Mata-se como se espirra: de repente, sem motivo aparente.
Morreu um professor universitário. E o algoz era um aluno q havia tirado uma nota baixa...em sua defesa, disse q carregava a faca apenas para assustar a vítima. Ah! Então, tá explicado. Foi erro de cálculo. O susto foi um pouquinho maior do q o planejado...
O homem era professor, marido, pai, filho. Imagino a revolta da família q, ao chorar o seu morto, o faz pq, um desorientado qualquer se deu por insatisfeito com o resultado de uma prova e resolveu se vingar, numa medida monstruosamente desproporcional.
Fico me perguntando o q está havendo com as pessoas, onde estão os princípios. Hj em dia, se dá de ombros para as regras e se faz o q a telha determina, seja por vingança, por diversão...ao invés de pegar um cineminha, vamos tacar fogo naquele índio, ou, espancar o torcedor do time y até q qle aprenda - mesmo q morra - q deveria ser do time x. Vamos vender drogas e dilacerar famílias inteiras, por dinheiro. E ostentar, orgulhosos, nossos fuzis e baionetas, batendo no peito a alegria - imbecil - de pertencer aos mano, tá ligado?
Ah...me dá uma desesperança, uma impotência maldita. Uma raiva de ser cidadã q paga impostos, contas e cumpre com seus deveres para, no final das contas, correr o risco de ver a vida pela qual luto, com dignidade, se esvair, no gume de uma faca, na bala de um revólver.
Dizem q a questão da violência é educacional, social. E, nesta seara, quem pode me responder qual vai ruir primeiro? Somos esta sociedade por quê não temos educação ou vive-versa?
Eu não sei...achincalham nossa moralidade, a começar pelas cuecas recheadas de dinheiro, o nepotismo de Erenice, Berenice, Doralice e todas as ices q tiverem chance. Afinal, já houve quem dissesse q o poder corrompe. Não me deixam mentir os perdulários parlamentares q zombam de nosso senso crítico. O palhaço, muito honesto, q diz q nada sabe a respeito do cargo, mas, depois, nos conta...é o nosso rosto. A cara de um Brasil q, como o palhaço, não sabe para onde vai. 
Sinto muitíssimo pelo professor, de BH. Sinto muito por todas as vítimas da violência. Sinto pela humanidade, q caminha, a passos largos e convictos, para auto-destruição.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Afinal, é Natal.

Engraçado o Natal. Um clima festivo de amor q repousa durante todo o ano e, de repente, em dezembro, desperta. Como um urso hibernado, disposto, agora, a se lambuzar e viver o bom da vida. Natal é uma época de faz-de-conta, onde as pessoas abrem os olhos pro miserê do mundo e se apiedam, tentando se convencer de q são boazinhas e comportadas, para receber um Papai Noel mais gordo. Então, nos lembramos das crianças órfãs q escrevem cartinhas, pedindo um livro, um caderno, lápis e borracha...e, nos munimos dos "presentes", numa certeza claudicante de q fazemos diferença...as cartas, nas entrelinhas, dizem: Papai Noel, se o senhor puder, tira uma casa, com um papai e uma mamãe, do saco e me dá uma vida de amor, por favor. Mas, infelizmente, pouca gente lê entrelinhas. Ainda mais nesta época, em q tantas luzes tornam turvas as vistas! É Natal, ora bolas!
As luzes são outro diferencial do Natal. Um pisca pisca errante, pululando frente aos olhos...coisa q encanta e faz acreditar q tudo está bem. Até os mendigos das calçadas ficam enfeitados com tantas luzes! Lindos...e os muros pichados, então? De uma beleza vangoghiana (se é q existe o termo).
Mas, o carro-chefe do evento não é outro senão os presentes...ah! Quantos! E em embalagens tão lindas, coloridas, q nos fazem até esquecer do "a perder de vista" das prestações em q nos chafurdamos. Ah, é Natal!!
E há ainda as comidas...no Natal, toda gula é permitida, todo excesso é razoável...afinal, é a celebração da fartura, e, claro, tbm, da algazarra desvairada. Há sempre aquele q perde a compostura, por beber demais e esparrama anedotas inconvenientes, antes de cair flácido, no meio da sala. Mas, é assim mesmo. Afinal, é Natal.

Há algum tempo, li um livro q dizia de uma história diferente. Um Natal muito menos sedutor, de um certo menino, rosto divino em homem, rosto humano de Deus, como na canção. Não vinha cercado por luzes, piscando em neon. Não trazia presentes em embrulhos vistosos. Não havia um banquete para recebê-lo e nem estavam embriagados, para suportar a festa. Não. O menino trazia a salvação. O menino carregava a oportunidade de um recomeço, na verdadeira luz. Sem fazer crediário, à vista ou a prazo...sem cobrar pagamento. E nem fidelidade. O menino era tão diferente q, mesmo se fôssemos infiéis, ele era fiel.
O problema com esse menino é q ele disseminava o amor o ano todo...não só em dezembro. Ele estendia a mão e acolhia as tais crianças remediadas com caderninhos e lhes era pai. Ele se aproximava do mendigo, sentia seu mal-cheiro e enxergava as feridas, a despeito das luzes insistentes, e o curava, e o amava. Ele se oferecia de ceia, e se fazia cordeiro q fartava e saciava, para sempre.

A história é até legal...mas, o menininho é muito esquisito...não combina não. Afinal, é Natal.

tá de bobeira???

Nos últimos dias, a gente assistiu atônito ao espetáculo dantesco q as emissoras de televisão nos repetiam exaustivamente aos olhos. Era a retomada pela polícia do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. E as cenas, não fossem reais, poderiam tranquilamente se tratar de continuação do recente sucesso do Capitão Nascimento, nos cinemas.
O fato é q a gente fica se perguntando: por quê demorou tanto tempo a tal invasão dos blindados, do BOPE, da polícia civil e todas as milícias (não desmerecendo em absoluto a atitude "dou a cara a tapa" dos policiais q se fizeram heróis, por vocação ou por mero cumprimento do dever)? E outra...a questão q não cala: será mesmo q Zeu, Pezão e seus comparsas vendem as tais drogas para os moradores daquele lugar somente? É ingenuidade pensar q aquela gente humilde, q mora em casebres amontoados no morro seja mantenedora do reino do tráfico.
E agora, Sérgio Cabral ostenta, orgulhoso, a fala de q o exército não vai deixar o Complexo. Vão ser criadas UPPs...oh, meu Deus!!!
Falta haver as tais UPPs nas altas rodas (não só cariocas), onde circulam os peixes grandes. Peixes q, com o perdão da metáfora, CHEIRAM mal.

divagar é preciso.

Eu nunca fui afeita aos números. Todas as teorias da física e as trigonometrias da vida me deixavam um tanto embaraçada, com vergonha de mim, por não entender bulhufas do q tentavam explicar e delas, por acreditá-las frustrados simulacros do q realmente importava na minha vida real.
As artes, entretanto, sempre foram o meu metiê. Ia da encenação à escrita, permeando a música, numa ávida urgência de transbordar, de escorrer de mim.
A encenação, um dos meus pontos fortes outrora, hj, se revela num viés exuberante, de muitos dentes na boca enorme e uma risada frenética, o q esconde, muitas vezes, o coração silencioso e a alma chorosa. Continuo boa nisso.
A música...libertadora, alada. Houve qdo me transportei em muitos acordes para palcos de holofotes poderosos, os quais me cegavam momentânea e misericordiosamente para o caos q se instalava ao meu redor.
E a escrita...ah! Tantas vezes estuário eficiente do leito da minha agonia. Não sei para quem escrevo, mas, sei do meu por quê. Hedonismo ou não, a escrita é minha forma supressora da tristeza e criadora de um mundo novo, quase sempre, necessário...