quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

lamento

Nunca, como agora, o mundo me assustou tanto.
Talvez por ter crescido, envelhecido, amadurecido. Talvez, por ter me tornado mãe, temerosa de tanta violência, receosa de q isso alcance Arthur.
E meu estarrecimento de hoje não é em razão da guerra do tráfico, do preconceito, das chacinas, dos estupros, da prostituição infantil ou não, da pedofilia, do tal bullying.
Hoje, estou indignada pela banalização da vida. Mata-se como se espirra: de repente, sem motivo aparente.
Morreu um professor universitário. E o algoz era um aluno q havia tirado uma nota baixa...em sua defesa, disse q carregava a faca apenas para assustar a vítima. Ah! Então, tá explicado. Foi erro de cálculo. O susto foi um pouquinho maior do q o planejado...
O homem era professor, marido, pai, filho. Imagino a revolta da família q, ao chorar o seu morto, o faz pq, um desorientado qualquer se deu por insatisfeito com o resultado de uma prova e resolveu se vingar, numa medida monstruosamente desproporcional.
Fico me perguntando o q está havendo com as pessoas, onde estão os princípios. Hj em dia, se dá de ombros para as regras e se faz o q a telha determina, seja por vingança, por diversão...ao invés de pegar um cineminha, vamos tacar fogo naquele índio, ou, espancar o torcedor do time y até q qle aprenda - mesmo q morra - q deveria ser do time x. Vamos vender drogas e dilacerar famílias inteiras, por dinheiro. E ostentar, orgulhosos, nossos fuzis e baionetas, batendo no peito a alegria - imbecil - de pertencer aos mano, tá ligado?
Ah...me dá uma desesperança, uma impotência maldita. Uma raiva de ser cidadã q paga impostos, contas e cumpre com seus deveres para, no final das contas, correr o risco de ver a vida pela qual luto, com dignidade, se esvair, no gume de uma faca, na bala de um revólver.
Dizem q a questão da violência é educacional, social. E, nesta seara, quem pode me responder qual vai ruir primeiro? Somos esta sociedade por quê não temos educação ou vive-versa?
Eu não sei...achincalham nossa moralidade, a começar pelas cuecas recheadas de dinheiro, o nepotismo de Erenice, Berenice, Doralice e todas as ices q tiverem chance. Afinal, já houve quem dissesse q o poder corrompe. Não me deixam mentir os perdulários parlamentares q zombam de nosso senso crítico. O palhaço, muito honesto, q diz q nada sabe a respeito do cargo, mas, depois, nos conta...é o nosso rosto. A cara de um Brasil q, como o palhaço, não sabe para onde vai. 
Sinto muitíssimo pelo professor, de BH. Sinto muito por todas as vítimas da violência. Sinto pela humanidade, q caminha, a passos largos e convictos, para auto-destruição.

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