sexta-feira, 30 de agosto de 2013

PRE-PA-RA!

Já pararam para pensar no magnetismo dos 30?

É! Esta coisa de atrair quilos, problemas, rugas, dívidas, dúvidas...poderiam acrescentar mais itens? Aposto que sim...
Tem a amiga solteira, que poderia adicionar o boy magia que, de um copo para outro, vira um sapo despacho. A amiga que está passando pelo primeiro (?) divórcio, que sai de um conto de fadas e cai num conto de inúmeras fodas do marido traidor.

Fato é, queridinha, que não tá fácil. Para ninguém. Temos os nossos inimigos naturais: celulites, estrias, o culote, o buço, as axilas, que nem sempre são tão brancas e incrivelmente macias, como no comercial de Dove. E os 30 chegam para nos mostrar que a hecatombe não estaria completa sem que o metabolismo DESPENCASSE, sem que o sorriso fizesse com que os olhos formassem pés de galinha, na foto, sem que a gente passasse a reparar na menininha de bunda empinada, na legging, esperando, na fila do pão, enquanto a nossa barriga cai, preguiçosa, do cós da calça jeans, enquanto o copo de cerveja diminui...

E aí, o que que a gente faz? Olha para as fotos do ano passado, do retrasado e pensa que, afinal, não faz tanto tempo assim...os 20 ainda estão mais próximos que os 35. E então, partiu, academia!
A primeira derrota na batalha é com a roupa. Sobra barriga...falta batata da perna. Cadê a bunda da menina da fila do pão? Não interessa. Ainda há a guerra. A esteira.............RO-LAN-TE. Já devo ter feito o que? Uma meia hora? Não. 6 minutos e 31s.

E aí, a gente vai para o chuveiro mais leve. Afinal, fizemos exercício físico. A mão inchada, a perna trêmula...e a gente lembra que tem a festa da firma do marido à noite. Vestido vermelho, salto 10, show das poderosas, que descem e rebolam e...ficam só mais um pouquinho lá embaixo...e chamam o marido, disfarçadamente, pedindo ajuda pra subir, pq, afinal, foi bruto o esquema da academia e a Anita pegou pesado demais nessa coreografia!
Aí, tem aquele amigo feliz, que vem abraçando, juntando a turma, pra foto alegre, de todo mundo junto: sorriso!!!! Vc junta os lábios um no outro, como se tivesse acabado de aplicar 1 litro de botox, ou, então, tivesse tomado a anestesia mais cavalar do mundo. Sai com cara de pouquíssimos amigos. Mas SEM RUGA NENHUMA!!!!

Vai pra casa...feliz???

Não sei não. Na verdade, sei. E a resposta é não. Estar nos 30 pode atrair tudo isso, sim.
Mas, olhando para trás, relembro a conduta e as escolhas da Bruna de 20. MISERICÓRDIA!
As pessoas podem até enxergar o que está por fora (que, by the way, está muito bem, obrigada!), mas, na verdade, o magnetismo, mesmo, está é no que há lá dentro, que, posso dizer, com autoridade, só melhora.


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Awake

Há um tempão não postava!
Estava reorganizando a minha vida. Pelo menos, pensei que estivesse.
No final de junho, iniciei tratamento para depressão. Mais especificamente, para euforia. Engraçado. Imaginava que euforia era algo bom. No meu caso, não. Fora a causa da maioria dos episódios de ansiedade desenfreada, dos atropelos, da urgência sôfrega, dos inícios e interrupções.
A médica, de início, receitou muitos! remédios para que eu ficasse longe de mim mesma, usando palavras dela: descansasse de mim. Interessante isso. Descansar de si. Eu precisava. Eu queria.
Logo no primeiro dia, Leo me deu os comprimidos e, tiro e queda: dormi...e muito! Dormi umas doze, treze horas. Acordei letárgica. Sentia o q me parecia uma ressonância de tudo: do ambiente, da televisão, da voz do Leo e do Arthur, ao meu redor...dos meus pensamentos, confusos e desconexos. Aquilo era descansar de mim? Não deu tempo de pensar...de responder. Havia outra leva de comprimidos q, novamente, me colocaram para dormir. Descansei de novo...outras muitas horas. Não sei se sonhei. Não sei. Sei q acordei e novamente senti a dormência, a ausência. O afastamento de mim, que era necessário e, naquele momento, parecia óbvio e ridículo. Parecia certo. Natural. Eu precisava não ser mais eu, para ser o eu novo.
Estou tentando.
Leo é fundamental. Sempre foi. Tudo é diferente. Perspectivas não eufóricas são diferentes. Podem perder a roupagem antiga, mas se revestem de algo novo e é desafiador entender se isso é bom ou não. Não sei mais do q gosto ou deixo de gostar. Percebo q tenho muitos sapatos e brincos e colares e vestidos. Tenho muito tudo. E olhando para dentro, tenho pouco do que agora busco. Tenho pouco tempo. Em relação ao que já passou. Mas tenho todo tempo do mundo, como Renato disse. Ainda há os comprimidos. E a Bruna nova prefere seguir as regras e terminar o tratamento. CONCLUIR é a palavra. Fechar o primeiro ciclo. Sem fechar os olhos, sem jogar nada sob o tapete.
Prefiro ficar acordada.