segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ser mãe...

É maravilhoso, indescritível, de fato, ser mãe.
É uma doação irrefreável, um derramar-se, na tentativa de fazer o filho transbordar do q quer q ele necessite...
Hj, recebi uma ligação da creche, depois do almoço, dizendo q Arthur não estava bem. Nem tive tempo de saber do q se tratava ao certo, qdo meu coração já insistia em pular pela boca, as pernas desobedeciam ao mais débil comando e as palavras, bem, essas sumiram.
Ser mãe é largar a faxina e a roupa lá de molho e esquecer a torneira aberta, passar a mão nas chaves do carro e dirigir de forma autômata, como se Deus mesmo passasse as marchas, acelerasse, olhasse o entorno e, finalmente, chegasse, para encontrar o pequeno.
Ser mãe é ir rezando, durante todo esse trajeto, se perguntando o q será q fez de errado, emaranhada numa impotência monstruosa e cruel, pedindo a Jesus q carregue o (sempre) bebê no colo e o livre de todo mal.
Ser mãe é ligar 32 vezes no celular do médico, é ter um pediatra step, no caso do oficial sair de férias, desligar o telefone ou mesmo (q absurdo!!!!) ir dormir.
Ser mãe é descobrir q tudo não passava de uma alergia a algo q ele comeu. É ver a mais radiante das luzes no sorriso de semi-dentes, naquela boquinha linda, daquele serzinho abençoado, q estende os braços, como q entendendo q a mamãe precisa de colo...q a mamãe acordou de um pesadelo e tudo o q quer é ficar abraçadinha, ao lado do seu pedaço mais adorado.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Speak up!!!!

Eu sempre fui de dizer o q penso. Confesso q, muitas vezes, me dei mal com isso. Afastei e feri gente. Gente importante, às vezes.
Já tentei, muitas vezes, oprimir essa característica, para me dar melhor com os outros, ser aceita, aceitar...isso é muito comum na sociedade.
Mas, não em um relacionamento amoroso. Vou compartilhar a experiência de quase 5 anos de um convívio intenso e, muitas vezes, doloroso. Leo é, sim, um homem maravilhoso. Mas, é homem. Tem sentimentos, defeitos e inúmeras virtudes. Assim como eu, sabe ferir, irritar.
Antes de nos casarmos, alguém nos disse q nunca fôssemos dormir brigados um com o outro. E assim tentamos fazer. Nem sempre conseguimos. Mais por minha outra característica de mula empacada e pirracenta. Mas, na maioria das vezes, se um machuca o outro, voluntária ou involuntariamente, tudo fica muito claro. Não tem essa de ir chorar sozinho, longe do outro, para q ele não perceba e cultivar a magoazinha q, amanhã, vira motivo de divórcio. Já disse q, algumas vezes, choro alto, fungando, desejando q ele venha e me paparique. Isso qdo é coisinha à toa.
Mas, qdo a dor é doída de verdade, qdo a palavra (q não tem volta) machuca lá no fundo e faz sangrar, aí, a gente faz o outro saber, com seriedade, com serenidade e, sobretudo, com respeito.
Tem gente q acha q o amor é quem segura as barras de um casamento, namoro, enfim...não acho. O respeito é quem faz esse papel. Mesmo para brigar, tenho q me lembrar q aquele é o homem q escolhi, com quem vou viver toda a vida, o pai de Arthur e dos futuros filhos. Mesmo para expor a minha raiva dele naquele momento, é preciso entender q não existe essa história de q chumbo trocado não dói. É preciso saber q o q quero é dizer do meu sofrimento e não causar outro.
Isso é difícil. Vou aprendendo aos poucos. Pq a vontade q dá, qdo alguém nos fere, é dizer cobras e lagartos. É pegar o calcanhar de Aquiles, o ponto mais sensível e doloroso das experiências da pessoa e enxovalhar seus sentimentos, vingar em medida excessiva a dor q a gente sente.
Mas, não há serventia nisso. Não há lugar para rancor e palavras engasgadas, sufocadas, qdo a gente ama.
Não serve para amar aquele q não espera pancadas, mal entendidos, discussões, quebra-paus e afins. Mas, a grande e indelével doçura do amor verdadeiro é ter, tbm, a certeza de q se pode até chorar, mas, a alegria vem de manhã, como diz a canção.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lições do Mestre

Já comentei q há alguns dias, ando tensa, um tanto inquieta e carente. Na verdade, andamos.
Leo e eu vivíamos o momento pré-defesa de tese de mestrado, em q todas as preocupações se acumulam e a insegurança (muito embora ele fosse o maior conhecedor de seu trabalho) se faz constantemente presente.
Ontem, aconteceu a defesa. Leo, ao contrário de mim, não aprecia muito falar em público. Mas, o fez. Frente à uma banca de semi-gênios, q dissertavam sobre logarítimos, evapotranspiração, equação de Penman Monteith, regressão linear e outros termos tão distantes da minha realidade de the book is on the table, q minha cabeça começou a latejar. A voz embargada do Leo, no início da apresentação, me deixou apreensiva, mas, depois, a coisa foi fluindo e eu percebi q ele, o meu Leo, era tbm um pouco semi-gênio. Qdo bombardeado por questionamentos, q eu, sequer, podia compreender, respondia com firmeza e propriedade de quem lutou dois anos em cima das tais tendências do clima. Foram quatro horas angustiantes de perguntas, ilações e considerações de um show de cientificismo (acho q alguns professores pensam q a defesa dos outros é momento de auto-exibição). E, finalmente, acabou. Ele venceu. Nós vencemos.
Foram dois anos difíceis, de obstáculos, constantes batalhas, fracassos, vitórias. Foram dois anos de empenho, restrições, lágrimas e sorrisos.
Sobretudo, dois anos de aprendizado. Leo cresceu. Eu cresci. A família cresceu.
Foram dois anos em q aprendemos de fé, de esperar em Deus. De esperar o tempo de Deus.
Foram dois anos em q nos aperfeiçoamos a sermos humanos, compreendermos nossas limitações e a aguardar pelas misericórdias, a cada manhã renovadas, do verdadeiro Mestre.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Quem fica...

"Tem dias q a gente se sente como quem partiu ou morreu. A gente estancou de repente, ou foi mundo, então, q cresceu..."

Apesar de toda a minha suspeição, qdo se trata de Chico Buarque, é necessário novamente dizer q ele, realmente, capta sentimentos, desejos, anseios mais íntimos como ngm.
Tenho andado ansiosa, me sentindo sozinha, carente mesmo de um carinho mais ostensivo.
E, ontem, recebi a visita de gente muito amada. Gente q fez meu coração revigorado, restaurado de tanto tropeço, de tantos descaminhos.
Bruninha e Lanna vieram me ver e trouxeram o frescor de risadas fáceis, de momentos simples e absolutamente indispensáveis. Trouxeram a alegria de estar junto, de saber q há alguém por vc. Pois, afinal, o mundo não é assim tão crescido.
Acho q uma das angústias q me afligiam, nos últimos tempos, tem exatamente a ver com a distância q, em breve, vai se interpor entre mim e muita gente q eu amo. A Bruna, poderosa q só, passou no mestrado, lá longe, na curva das jaboticabas (rs!!!). A Lanna nem sempre aparece...muito ocupada com o doutorado, suas viagens nacionais e internacionais (world citizen!!!!). Fernandinha, meu toco-preto, irmã botocuda tbm está very busy. É mestranda, noiva em potencial...ah! De repente, parece q todo mundo tem uma vida, menos eu (a despeito de filho, marido, casa e emprego).
Já falei sobre saudade e tenho q dizer de novo: esse vírus acomete a gente, antes mesmo da pessoa ou da situação irem embora. Eu já tenho saudade da bobajada da Bruna, da sua doçura, da presteza, da presença. Tenho saudade da paciência da Lanna, da amizade q aparece em cada elogio, em cada abraço, em, acreditem ou não, me carregar no colo!!
Sinto saudade da minha aborígene preferida, do inglês perfeito, da cara sisuda, do mau humor me dizendo: não me liga 85 vezes pq fico preocupada com vc...
Amo cada uma, em sua singularidade, em sua fidelidade.
  Bruninha, Lanna e eu, num episódio teen, q alegra o rosto e o espírito.


                          
Minha amada irmã, conselheira, confidente afrodescendente, em momento Felícia...

Obrigada por existirem, minhas queridas. Obrigada por não desistirem de mim e por resgatarem, sempre, o q de melhor já vivi. Eu as amo e, hj, sinto q a roda viva tbm tem o poder de carregar a saudade pra lá, pois os braços de seus sempre abraços me envolveram o coração, a alma. E isso é mais forte q distância, q lágrimas teimosas, q o partir ou morrer...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Liberdade, ainda q tardia.

Ontem, comprei um bonezinho para Arthur usar, pois estávamos passeando sob aquele solão de meu Deus.
E, seguindo a linha mãe-coruja-quase Rochele-psicótica, cismei q Arthur tinha q amar o style, como ele ficara fashion e simplesmente desfilar com a coisa na cabeça. Imediatamente, ao sairmos da loja, ele tirou o chapéu. Eu coloquei de novo e foi assim até ele realmente se irritar e ficar pirracento e impossível, como crianças podem ser.

Hj, procurei realizar uma nova tentativa. Enfiei o apetrecho na cabeça dele e, para nova decepção, ele o jogou ao chão. Com a macaca, fiquei nervosa, questionando como é q o menino podia fazer aquilo comigo, q fui tão zelosa, preocupada, comprando a porcaria do boné. De fato, entrei num estado idiota de irritação, querendo impor ao meu filho a minha vontade.

Lembro q já escrevi aqui acerca de como admiro a liberdade q as crianças cultivam. Se é sim, sim, se é não, não. E, muito envergonhada, admito q tentei tolher esse viés tão natural do meu menino.

O q mais me lastima é q fiz com Arthur o q a sociedade em geral faz com a gente e a gente assente, pq, com o tempo, perde aquilo genuíno e franco com q nascemos.

A gente bebe uma cervejinha pq os amigos incentivam, experimenta coisas esquisitas pq, senão somos caretas, usa o tênis relaxado, com cadarço colorido, pra ser "in", vai à missa, ou vai ao culto, ou toma passe, inquieto, com o pé batendo no chão, doido pra acabar logo, só pra "enganar" Jesus e ficar de boa com o cara.

A gente mente e se acostuma a isso. De fato, muitas vezes, a verdade é q escandaliza, q causa espécie...

É, Arthur...ensina mesmo pra mamãe. Lembra a ela q é a verdade q liberta.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Se o amanhã nunca chegar...

Existe uma canção da qual gosto muito, If tomorrow never comes, de Ronan Keating. Ela conta de uma rapaz q observa sua amada dormir, enquanto pensa se ela realmente sabe q ele a ama. Diz ainda q ele já perdeu pessoas queridas, ao longo da vida e q sente remorso por não haver mais a chance de dizer a elas como se sentia.

Eu sempre fui muito de dizer q amo os outros. Algumas dessas pessoas, hj, são outros mesmo. Vivem outras vidas, estão em outra realidade, outro momento, aparte de mim.
Há gente, porém, q me pertence, no sentido de fazer a Bruna q hj sou.
É gente q me dá a mão, há muito tempo, ou gente q acabou de chegar, mas, trilha caminhos ao meu lado. Gente q entende, q briga, q perdoa, gente q conta e vale na hora da dor, de sorrir.
E é por essas gentes q eu decido, a cada dia, ser o melhor de mim.
Dar a quem eu realmente amo o meu melhor sorriso.
O mais demorado abraço.
Dar ao meu filho o carinho mais terno, o meu melhor tempo, abdicar de telefonemas, sonecas e Tititi para brincar de colorir, de encaixar pecinhas, beijar a testa dele, em cada boa noite e dizer baixinho q a mamãe está ali.
Ser para o meu marido a melhor das esposas, amar sem restrições, me entregar, a cada dia, como se o último fosse. Doar corpo, alma, coração, sem reservas. Ser dele, ser nele.
Dizer à minha mãe, mesmo q a aborreça com tanto telefonema, q é a melhor mãe do mundo e q foi Deus quem a enviou para mim.
E ao Diego qto orgulho tenho por ser sua irmã.
Queria q meus amigos não se assustassem qdo digo q os amo e q soubessem q o digo com o coração transbordante.
Porque, como diria Sinatra, ao fechar das cortinas, quero estar leve como pluma e certa de q amei o q devia, quem devia e como devia.

(Dedicado ao meu amigo Marcus, a quem meu coração reserva o mais verdadeiro amor).

paparazzo!

Eu adoro tirar fotos. Isso causa uma certa aversão em Leo, q é avesso ao meu hábito.
Porém, narcisismo ou não, cultivo o hobby.
Acho q fotos capturam sentimentos, um momento q pode ficar desbotado na memória, mas, q, ali, no papel ou na tela do computador, vive, feliz para sempre. 
Essa atividade tem sido muito feliz, em especial fotografando meu filho. Arthur, em cada flash, mostra sua pequena personalidade se desenvolvendo: a alegria de um banho de piscina, as surpresa e excitação incontidas, por ver um cachorro, o fastio, qdo, saindo ao pai, faz cara brava de não querer mais...
Eu queria ter uma foto com todo mundo q amo.
Em especial, com amigos de longa data, q estiveram junto, sonharam junto, choraram e riram comigo.
Queria uma foto com a Martinha, captando a essência de lhama, couve e telhas.
Uma foto com a Bru, apreendendo a doçura, o carinho.
Queria um retrato de gente q é linda e não sabe e, por isso, não quer tirar retrato.
Nas minhas fotos, de vez em qdo, tento fazer cara de modelo, assim, de um nojo sabe-se lá de quê...mas, não consigo. O máximo q posso é fazer aumentar minha papada...não tenho nada de Gisele.
Fotos são legais tbm pq nos ajudam a nos conhecer melhor. Eu, por exemplo, depois de muito esforço pude notar q minha boca é um pouquinho (coisa de nada) maior do q o normal, meu nariz tbm é um tantinho acentuado. Às vezes, sou vesga. E meu lado esquerdo é mais fotogênico q o direito...rusga de irmãos.
O q queria mesmo era colocar na foto a alegria de viver assim...bonita na fita e na foto!!!!