sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Simples

Qdo contemplo a minha imagem no espelho, a imagem refletida é a que quero q conheçam...qdo nada, observem: admirável, respeitosa, segura...

E, estes têm sido dias de olhar para o espelho de dentro...ah, como as lindes, os detalhes e, mesmo a essência, podem se transformar em algo alheio ao q se tenta mostrar...

Infelizmente, somos seres incapazes de nos reconhecermos e aceitarmos verdadeiramente, sem q haja uma batalha de gigantes interiores: ego e vitimização. Isto me incomoda. Eu queria q o mundo pudesse saber da Bruna dos medos, da Bruna q tentou se encaixar - como criança, q tenta, a qualquer custo, enfiar uma pecinha de quebra-cabeça onde não cabe - em outros, nos outros, em todos e qq um e se machucou. A Bruna procurou ser inteira tendo apenas metade ou menos dos alguéns.

A gente se humilha, tentando ser gente grande. A gente mente pra si mesmo, fingindo ser feliz, rasgando a boca, num sorriso cheio de dentes e de esperança de q, um dia, "os laços invisíveis q havia" se tornem verdadeiros...e laços, não correntes.

A gente se dá. Dá corpo...deixa um pouco, deixa tudo...sussurros, gemidos e urros, quase de desespero, numa tentativa derradeira de, ao invés de se esvaziar, se preencher...e a gente ama. Ou, pelo menos, acredita amar.

E a gente segue andando, buscando a felicidade, como se, lá no final do caminho longo, ou do atalho, ela estivesse...numa caixinha, com um bilhetinho da vida: parabéns! Vc conseguiu...
E, assim, a vida vai acontecendo. Às vezes, há dores q não sabemos nomear. Às vezes, há episódios, pessoas q, simplesmente vêm, nos apresentam a falácia da felicidade e vão embora, na madrugada, sem nem esperar q o sol raie, para q as coisas fiquem mais claras.

Felicidade...é o beijo doce e despretensioso. É o bênça, pai...o: te amo, mãe. O abrir as janelas do carro e deixar o cabelo bagunçar, chicoteando o rosto, fazendo sentir vida, urgência, Deus. Felicidade é ver o colorido nos olhos de quem fala q sentiu saudade...é reencontro. Felicidade é saber q o inteiro pode ser feito de muita gente...pode ser feito de Leo, de mãe, de Arthur, de Bina...e pode, tbm, não ser feito de nenhum deles. Felicidade é olhar os dois espelhos e ver a mesma imagem. E se alegrar com ela, ou tentar mudá-la, mas, respeitá-la. Felicidade sou eu me bastando. Sem esperar barulho da chave na porta, ou os faróis do carro, para mentir um sono novo, só para não resolver o conflito antigo. Felicidade é esperar a aceitação de si mesmo...e perceber que a tal caixinha, q muitos chamam coração, esteja repleta de borboletas leves, q nos beijam as faces, com suas asas delicadas, declarando: é isso...só isso.