segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

NÃO SERVE MAIS.

Eu não sei vcs, mas, de vez em qdo,  percebo pessoas que se auto-dotam de super ultra mega poderes e decidem, de uma hora para outra, mudar aquilo q, há muito, as incomodava...
Muito bacana! Sobretudo, qdo a mudança é desenvolvida em bases saudáveis, para uma realização íntima, estar melhor com vc mesmo. Mas, qdo a coisa acontece por motivos outros, ou melhor, pelos outros, aí é q são elas...
Terminou o namoro! Cretino!
Depois de passada a fase de chororô, tendo ouvido muuuuuuuito Kid Abelha (por quê não eu, ah, ah??), Adele e afins, normalmente, tem um happy hour cazamiga...e, uma mais chegada, dá aquela moral! Sai dessa...ele tem q ver o q perdeu! Faz uma dieta, amiga! Mostra pra ele!!! Pronto! Decisão tomada.
E o ritual consiste, basicamente, em eleger uma peça do guarda-roupas, referente ao status ao qual se quer regressar e se mirar nela...um vestido, uma calça, uma saia, enfim. Assim, se escolhe o que será, mais tarde, o prêmio e é dada largada à maratona.
Hooooooooras na "acadimia"...gente, vamo combinar: academia não pode ser coisa de Deus!
A pessoa faz uma sequência de esteira, com spinning, com jumping, com slackline, com SYBI e, pra terminar, de boa, step...
Bom, se não tiver morrido depois desse inicinho BÁSICO, um lanchinho...aí, entope os armários com aquelas barras de cereais, granola, quinoa, cogumelos, ômega 3!! Tudo em nome da silhueta da moça do comercial de diet shake! E, vamo q vamo!!!
Uma semana, duas semanas. O choppinho com o pessoal da repartição? Ah, não vai dar...nem o tira gosto do bar do Tonhão...ai, tão gostosa a gordurinha da picanha! Mas tem q lembrar de mostrar pro ordinário q ele não perdeu pouca coisa não...
Três semanas...
E a saia, já entra?? Puxa daqui, puxa de lá...calma. Deita na cama...encolhe a barriga mais um tiquinho! Ai, ainda não!!! Dá uns pulinhos, uns pulinhos!!! Entrou, entrou, entrou!!!! Tá...tá parecendo q foi embalada a vácuo. Mas entrou.
Então, hj tem q sair! Tem q desfilar o corpinho trabalhado no sacrifício!
E, na balada: olha lá...olha ele lá...vai passar bem na frente e nem dar bola. Fazer de desligada, cool, nem aí. Aham...fez. Passou por ele. E por ela tbm. Os dois foram embora juntos. E ela pediu uma cerveja e sentou num canto, bem afastado, pra ngm notar q o zíper da saia arrebentou.

Ai, gente...dramalhão à parte, acabei de retratar a mim, antigamente. E fico muito triste pq sei q ainda existem muitas, muitas mulheres assim. Decisão de mudança: ótimo!!!! Querer entrar na saia antiga: MARA! Ruim é querer usar o passado. Entrar, não numa roupa, mas em algo q não volta mais.

domingo, 1 de setembro de 2013

Aprecie. Com moderação.

Tenho ouvido por aí isso: SE JOGA, SE JOGA!!!!

Bom pra balada...pra vida real...bem, vamos pensar.

Segundona! Dia mundial de tentar não matar a promessa do domingo (amanhã, eu começo a dieta). Então, a gente vai comedida...e só de estar com o pensamento na salada a silhueta já parece mais leve. Pega o prato, deixa para trás a lasanha, o nhoque, a galinha escandalosa (pq me lembrei da minha cunhada, agora?) e chega à linda e farta seção do projeto querer é poder: alface, rúcula, tomate, palmito, milho, atum...frango grelhado...delícia de almoço!

Três horas depois: um lanchinho. Muita água, muita água. Pensamento positivo.

O moço das trufas. Ele veio de novo. Ele vem todo dia. Ele sabe meu nome. Será um terrorista? SE JOGA, SE JOGA!!!! Cala a boca!!!! Olha a Gisele na capa da revista...bebe água, bebe água. Abaixa na mesa. Abaixa, abaixa. Ele passou...passou.

Respira. Pronto. Fácil. Tranquilo.

Vai pra casa. Lá é seguro.

Telefone toca. É o Jairo. Jairo? Rapazinho da última noitada. Sem muitos atrativos. Vesgo. Um pouco calvo. Barriguinha de chopp. Mas tem um papo legal. Não é desempregado. Tem todos os dentes. E parecem verdadeiros. Não dança esquisito. Sem filhos. Separado. 37 anos. Tem carro.

Chama pra sair na sexta. Tá bom. Não pode ser assim tão ruim.

Ele vem em casa. Abre a porta do carro. Ponto pro Jairo! Elogia o vestido e o perfume...tá indo bem. Nota q fez algo no cabelo...(opa! Será q o Jairo é gay?).
Durante a conversa, ele te faz rir e faz sentir maravilhosa. Compra um botão de rosa e pega de leve na sua mão.
Baladinha legal, música boa. Jairo vai pegar uma bebida.
Alerta, atenção: deus grego pintando na área...ah...nunca vai olhar pra mim. Peraí, olhou. Ah, deve ter visto alguém atrás de mim. Não! Sou eu mesma...não, não, não...oi? Tá vindo pra cá. Calma. Preciso de um espelho. Cadê o espelho. Tem feijão no meu dente? Couve? Milho? Que q eu falo? Fico na mesma posição? Sorrio ou fico com cara de merda, tipo modelo? Ai, tá chegando...

- Oi, gostosa. Quer dançar?

Lá de longe, o Jairo observa tudo, com dois copos na mão...SE JOGA, SE JOGA!!!!!

Será???

Se jogar e cair aonde, nega? Na cama do bonitão, (o q te chamou de gostosa) para, amanhã, ele perguntar seu nome?

Perigoso esse negócio de se jogar, né?

Ouvi, de alguém q amo, que a gente não vive de momentos de frenesi. A felicidade é construída de saladas e Jairos. O que é bom e seguro.
Então, cuidado. Antes de se jogar, esteja certo de que há alguém para juntar os cacos.



sexta-feira, 30 de agosto de 2013

PRE-PA-RA!

Já pararam para pensar no magnetismo dos 30?

É! Esta coisa de atrair quilos, problemas, rugas, dívidas, dúvidas...poderiam acrescentar mais itens? Aposto que sim...
Tem a amiga solteira, que poderia adicionar o boy magia que, de um copo para outro, vira um sapo despacho. A amiga que está passando pelo primeiro (?) divórcio, que sai de um conto de fadas e cai num conto de inúmeras fodas do marido traidor.

Fato é, queridinha, que não tá fácil. Para ninguém. Temos os nossos inimigos naturais: celulites, estrias, o culote, o buço, as axilas, que nem sempre são tão brancas e incrivelmente macias, como no comercial de Dove. E os 30 chegam para nos mostrar que a hecatombe não estaria completa sem que o metabolismo DESPENCASSE, sem que o sorriso fizesse com que os olhos formassem pés de galinha, na foto, sem que a gente passasse a reparar na menininha de bunda empinada, na legging, esperando, na fila do pão, enquanto a nossa barriga cai, preguiçosa, do cós da calça jeans, enquanto o copo de cerveja diminui...

E aí, o que que a gente faz? Olha para as fotos do ano passado, do retrasado e pensa que, afinal, não faz tanto tempo assim...os 20 ainda estão mais próximos que os 35. E então, partiu, academia!
A primeira derrota na batalha é com a roupa. Sobra barriga...falta batata da perna. Cadê a bunda da menina da fila do pão? Não interessa. Ainda há a guerra. A esteira.............RO-LAN-TE. Já devo ter feito o que? Uma meia hora? Não. 6 minutos e 31s.

E aí, a gente vai para o chuveiro mais leve. Afinal, fizemos exercício físico. A mão inchada, a perna trêmula...e a gente lembra que tem a festa da firma do marido à noite. Vestido vermelho, salto 10, show das poderosas, que descem e rebolam e...ficam só mais um pouquinho lá embaixo...e chamam o marido, disfarçadamente, pedindo ajuda pra subir, pq, afinal, foi bruto o esquema da academia e a Anita pegou pesado demais nessa coreografia!
Aí, tem aquele amigo feliz, que vem abraçando, juntando a turma, pra foto alegre, de todo mundo junto: sorriso!!!! Vc junta os lábios um no outro, como se tivesse acabado de aplicar 1 litro de botox, ou, então, tivesse tomado a anestesia mais cavalar do mundo. Sai com cara de pouquíssimos amigos. Mas SEM RUGA NENHUMA!!!!

Vai pra casa...feliz???

Não sei não. Na verdade, sei. E a resposta é não. Estar nos 30 pode atrair tudo isso, sim.
Mas, olhando para trás, relembro a conduta e as escolhas da Bruna de 20. MISERICÓRDIA!
As pessoas podem até enxergar o que está por fora (que, by the way, está muito bem, obrigada!), mas, na verdade, o magnetismo, mesmo, está é no que há lá dentro, que, posso dizer, com autoridade, só melhora.


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Awake

Há um tempão não postava!
Estava reorganizando a minha vida. Pelo menos, pensei que estivesse.
No final de junho, iniciei tratamento para depressão. Mais especificamente, para euforia. Engraçado. Imaginava que euforia era algo bom. No meu caso, não. Fora a causa da maioria dos episódios de ansiedade desenfreada, dos atropelos, da urgência sôfrega, dos inícios e interrupções.
A médica, de início, receitou muitos! remédios para que eu ficasse longe de mim mesma, usando palavras dela: descansasse de mim. Interessante isso. Descansar de si. Eu precisava. Eu queria.
Logo no primeiro dia, Leo me deu os comprimidos e, tiro e queda: dormi...e muito! Dormi umas doze, treze horas. Acordei letárgica. Sentia o q me parecia uma ressonância de tudo: do ambiente, da televisão, da voz do Leo e do Arthur, ao meu redor...dos meus pensamentos, confusos e desconexos. Aquilo era descansar de mim? Não deu tempo de pensar...de responder. Havia outra leva de comprimidos q, novamente, me colocaram para dormir. Descansei de novo...outras muitas horas. Não sei se sonhei. Não sei. Sei q acordei e novamente senti a dormência, a ausência. O afastamento de mim, que era necessário e, naquele momento, parecia óbvio e ridículo. Parecia certo. Natural. Eu precisava não ser mais eu, para ser o eu novo.
Estou tentando.
Leo é fundamental. Sempre foi. Tudo é diferente. Perspectivas não eufóricas são diferentes. Podem perder a roupagem antiga, mas se revestem de algo novo e é desafiador entender se isso é bom ou não. Não sei mais do q gosto ou deixo de gostar. Percebo q tenho muitos sapatos e brincos e colares e vestidos. Tenho muito tudo. E olhando para dentro, tenho pouco do que agora busco. Tenho pouco tempo. Em relação ao que já passou. Mas tenho todo tempo do mundo, como Renato disse. Ainda há os comprimidos. E a Bruna nova prefere seguir as regras e terminar o tratamento. CONCLUIR é a palavra. Fechar o primeiro ciclo. Sem fechar os olhos, sem jogar nada sob o tapete.
Prefiro ficar acordada.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Abandono

Fazia que não via a dor que gritava, ao seu lado, separada por uma parede besta, um orgulho denso. Descaso que escorria amargo da boca de onde já brotou doçura.

Fazia que não enxergava a mão estendida, carregando um coração, que ainda pulsava, batendo o seu nome, em seu nome...ainda quente, ainda vivo. E a metade apartada, decepada de uma história, outrora, escrita a dois, se derramava em pedidos, em gritos sôfregos, na tentativa de que o enredo ainda a coubesse.

Não. Os bilhetes de um amor para sempre já não faziam mais sentido. As canções, que eram deles, há muito desentoaram, foram ficando irritantes e sofríveis, assim como o desalinho das almas. O que era saudade, para um, para o outro se chamava liberdade e ele a desejava mais que tudo, ao custo mais alto que fosse. Apenas queria deixar para trás aquele excerto, incerto, colocando o ponto final, com força, rumando a um parágrafo novo, com outra personagem nos braços.

Fazia que não via vida indo, vã, vadia, vazia. Sem promessa, sem destino. Autômata, desolada, destroçada. Ruínas deixadas pelo caminho, que levava à escuridão típica do que antecede abismos. Pronta para pular, sem intenção e nem desejo de plainar. Apenas vontade de que a quimera tbm se quebrasse no ar, na queda, no credo estúpido de que amor valia a pena.

Fez...se desfez.

domingo, 23 de dezembro de 2012

au revoir!

2012 está agonizando.
E, sinceramente, ainda não sei qual será o seu epitáfio.

Saudade, acho que não vai deixar. Muitas lembranças, porém.

Em 2012, eu descobri tumores. Que foram ceifados, insistiram em voltar, que foram aceitos e me ensinaram um bocado. Descobri a dar muito valor ao pão francês. E tbm à maquiagem e aos cosméticos, que me reaproximaram de tanta gente bonita e me apresentaram novas pessoas.

2012 arrancou muitas máscaras e me mostrou que, por baixo delas, havia rostos, que nem Mary Kay conserta. Mostrou que há pessoas insanas, às quais se torna indigna a alcunha de pai, mãe ou irmã. Aprendi que há, sim, monstros. Mas, que, para cada um deles, há a mão onipresente de Deus. 2012 trouxe gente doida, rodeando, querendo tentar de novo e a certeza de que a minha escolha foi certa (MISERICÓRDIA!)

Eu não gosto de ser alvo de pena. Mas, em 2012, houve isso tbm...houve pesos a mais...muitos! tão inconvenientes! Digo de kg e fardos...lágrimas de gente que amo e feridas em mim abertas...

2012 trouxe filho conjugando verbos, descobrindo como se orientar, melhor do q a mãe (aquela moto ali, à direita?) e desorientando a gente: desce de cima do sofá! Não rabisca a parede! Larga essa faca!
Mas, no final do dia, com ele dormindo, ressonando, feito anjo, trouxe a prece, de agradecimento pela bênção dele ser meu.

Teve Leo. E isso quer dizer que houve escolha, houve escola, todo dia. Cuidado, zelo, amor, presença, presente, príncipe, sorriso, som de riso...em todo gesto, em qq gesto.

Teve a mãe mais intensa do mundo. Por quem choro e com quem rio, na mesma proporção. Aquela cuja saudade faz doer, como punhal cego...cortando devagar, fazendo sofrer mais, lembrar mais, querer mais presença.

Teve Viçosa, BH, Guidoval, Paula Cândido. E, de repente, mesmo com dores, pé inchado e muita luta, vamos ser diretora? SIM!

Houve Bina (que sempre vai haver), Marcus (tão bom em me fazer sorrir) e Martinha (q não sabia de nada, mas, sabe sempre o q importa).

Houve gente que depois de usar bem "u nigucim", reconstruiu e quis leiloar...houve quem nunca usou e leiloou, para ajudar o próximo! O próximo ficou mais pobre...e ela tbm.

Ah! Teve, tbm, fim do mundo...que, por uma vontade besta dos tais Maias iria acontecer um dia depois do meu aniversário. Foi adiado. Afinal, Deus é quem manda nessa bagaça.

Houve adeus e até breve. Seja bem-vindo tbm aconteceu. Mau-humor, bom-humor, falta de humor...muito pesar por tragédias alheias, que doeram, como se minhas fossem. Reencontros, desencontros. Houve saudade.

Houve vida. Experiência. E, se no início, 2012 soou non grato, o fim desmente essa idéia. Tadinho...não foi o melhor dos anos, realmente. Mas, trouxe aprendizado, que nunca é demais. Portanto, lápide escolhida...OBRIGADA, 2012!


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ciranda

Se pudesse capturar, com minhas mãos admiradas, a ternura de cada rodopio que ela faz, guardaria o mundo encantado de borboletas e girassóis que ornam cabelos...poderia sentir o melhor dos olores, simplesmente sorvendo o que vem da vibração frenética de movimentos que assolam e resgatam, apunhalam  e ressuscitam.

Linda bailarina. A lástima e a doçura de ser. Pés firmes, alma trêmula. Sorriso, porta ornada, de algo que chora e, tão visceral quanto a necessidade do rodar autômato, grita, implora para que seja aberta a porta da gaiola da (in) consequência e, finalmente, haja redenção.

Movimentos certeiros de braços frouxos, cansados do fardo, do peso implacável de rótulos e estigmas, feridas não aparentes, tão latentes.

Roda, bailarina...e, q em cada volta, haja mais perdão de si mesma. Haja menos falta do ontem. Haja mais coragem pro amanhã. Roda, bailarina...e que sua pirueta sejam açoites à vida q calejou não apenas seus pés, sejam chicotes tardios da dor que há muito dói...

Roda, bailarina. No mesmo eixo, na mesma cadência, com saltos elegantes, com postura ereta, com o espírito alcançado pelo silêncio do medo, pelo castigo da raiva. Roda, bailarina...e, em algum momento, solte suas madeixas, deixa as má deixas e faça vc o seu solo, sem solidão, sem sombras que assombram, com anseio do novo, sem necessidade do aplauso, querendo o seu gozo, vivendo o seu riso. Vivendo o seu todo.