sexta-feira, 19 de novembro de 2010

pra dizer do amor...

"...Fique mais, q eu gostei de ter vc. Não vou mais querer ngm, agora q sei quem me faz bem..."

Leo vai viajar amanhã. Por um dia e pouco. Coisa à toa. Mas, apesar da distância ser por breve período, é bastante para me dizer do qto ele me faz falta, do tamanho do espaço q ocupa em mim.
Leo chegou à minha vida, como a tábua de salvação para o trágico percurso de relacionamentos, q havia vivido até então. Às vezes, penso q Deus olhou para meus infindáveis e crassos erros e se apiedou, encaminhando o Leo, para me mostrar q amor não é uma obsessão patética, uma insistência infantil. Amor é simples, é natural, é diário.
Consigo me lembrar de detalhes mínimos, do dia em q o vi, pela primeira vez. Do cheiro de viagem longa, da pele morena de trabalhar na season de Minnesota, do sorriso fácil. Lembro ele pegando a minha mão, no carro e o arrepio q senti. Lembro o beijo com gosto daquilo q veio pra ficar. Lembro o descobrir do amor de verdade, a fúria e a mansidão do sentimento q se tornou motriz da minha existência.
Tenho pena daquela criatura débil e desnorteada q era. Os q me conhecem há alguns anos, sabem do q estou falando. Nutria uma certeza insensata e ridícula sobre meus sentimentos q hj me leva a me sentir envergonhada. Eu não amava. Eu teimava. E já cheguei a ter raiva por tanto tempo perdido. Mas, hj, consigo perceber q a raiva é tão estúpida qto a minha atitude naquele momento. Aliás, hj, não tenho tempo de sentir mais nada pelo outrora. Meu presente (pleno q só ele) e meu futuro estão jogados ao Leo...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Meus moinhos de vento

“...Não sou certinha, não sou calma, não penso uma coisa só, o sangue me corre quente, sou da briga e quero brincar, dou risada alto, falo baixo, tenho explosões de alegria e fico muito, muito triste...”

Embora a mim se apliquem inequivocamente estas palavras, elas não me pertencem. Maitê Proença as registrou, em seu livro “Uma vida inventada”, q, por sinal, extirpa, em absoluto, o estigma da loira, boazuda e burra q assola, muitas vezes, mulheres como ela.
 Hj, escrevi um e-mail para Bina, dizendo q estou vivendo um conflito. Não sei mais quem sou. Há uma infinidade de Brunas gritando, ebulindo, às cotoveladas, querendo, cada uma, ganhar vazão. Uma mulherada inquieta, ansiosa, fazendo arruaça e pedindo passagem...(sem a menor alusão a espiritismo, umbandismo e qq outro ismo correlato). Às vezes, é muito difícil lidar comigo mesma. No e-mail, disse à minha preciosa amiga q, em alguns momentos, sinto q, se me visse em queda livre num penhasco, sequer abriria a boca. Outras vezes, porém, sei q gritaria, pediria a todos os santos, tentaria alcançar galhos, lasquinhas de pedra, qq coisa a q me pudesse ater...contradições de mim.
Qdo era mais nova, eu era muitas! Tantas q meus devaneios não conheciam a monotonia...fui médica, manicure (mulher de médico!!! Com nome, sobrenome e maleta de utensílios), fui dentista, mãe, empresária muito bem-sucedida. Viajava para Grécia, Itália, Paris, Austrália, Canadá e Índia e, na volta, dava palestras a respeito dos lugares. Adotava crianças (numa inspiração de Angelina q, por sinal, era muito minha amiga...) e levantava bandeiras cujos temas nem mesmo conhecia a fundo, na Oprah. Era ovacionada, em reunião da ONU e arrancava gargalhadas, no Programa do Jô.
Minha mãe dizia q tinha mania de grandeza. Eu acho q era necessidade de deixar escorrerem as múltiplas Brunas q abrigava. Veja bem, não se trata de esquizofrenia. Trata-se, pura e simplesmente, de uma urgência incontrolável de sorver tudo, de viver mais.
Hj em dia, sou o q se considera mulher normal. Sou esposa (e amo inegavelmente meu marido), sou mãe (o q me faz, diariamente, lapidada), sou mulher (com cólicas, dores de cabeça, fofoquinhas do bem e indisposições a guardar dinheiro). Mas, elas continuam aqui. As outras...e de vez em qdo, criam um burburinho irritante, se alternam sem avisar, fazendo com q , herculeamente, tente contê-las. A Bruna cristã, q quer o bem e não deseja falar palavrão ou mentir, cede lugar àquela sem compostura, q fica irada qdo alguém mexe com os seus. A Bruna da dieta na segunda, q come granola, toma iogurte e se contenta com uma maçãzinha, fenece, frente à comedora voraz de picanha e iguarias afins. A Bruna dos pensamentos positivos, q enxerga a beleza da vida, baixa a cabeça àquela deprimida, q se sente pequena e inútil sabe-se lá por quê.
Difícil lidar com isso, viu. De vez em qdo, tento chafurdar os porões da minha personalidade (a verdadeira, se é q há uma única) e entender por quê tanto viés, de onde vem tanta faceta...e me perco nessa busca. Vcs já viram uma moça passeando com aquele tantão de cachorro, sendo arrastada pra um lado, pro outro? Sou eu. E, ao q parece, meus cachorros são bichos grandes e fortes.
Bobagem tentar mensurar o q não se sabe. Talvez, deva apenas tentar domesticar meus “auaus”(diria Arthur).
Mas, se querem saber, ainda hj, de vez em qdo, apareço na Oprah...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eu tenho um tesouro...

Há um ano, tenho um tesouro.
Ele me chegou pequenino, indefeso, com cheiro de céu e carinha de anjo.
Eu tenho um tesouro.
Qdo ele chegou, me descobri inteira, com pulmões, vísceras e coração para gritar q era feliz. Eu era mãe!!
Eu tenho um tesouro.
E fui abrindo mão de noites (para cuidar da febre, da cólica, do choro sem explicação) e noites (para olhá-lo, dentro do berço e ter certeza de q ele está bem, para admirar cada milímetro do corpinho, passar a mão nos cabelos e agradecer a Deus por me permitir testemunhar a pureza, a beleza).
Eu tenho um tesouro.
E fui lhe dizendo sobre amor e aprendendo do amor, me reconhecendo mulher, ora fraca, ora forte, nas suas mãos de mini gente...
Eu tenho um tesouro.
E fico exausta, a cada dia. Uma exaustão alegre, de dever cumprido, de sentimento de plenitude e certeza da razão pela qual estou no mundo.
E fico com medo. De não saber cuidar, de não saber educar. 
Eu tenho um tesouro.
E isso me assusta. O mundo tem se tornado um lugar estranho, mau. E fico desejando um esconderijo sempre lindo e seguro, onde possa guardar a minha herança. Onde mãos levianas não o possam alcançar. Onde não haja motivos para lágrimas e nem desesperança.
Eu tenho um tesouro.
E, por isso, levanto cedinho, todo dia, para trabalhar. E, por ele, qdo a dor é muito doída, levanto a cabeça e continuo a luta. E, por ele, mesmo ferida, com armas ao chão, me apresento à batalha e almejo a vitória.
Eu tenho um tesouro.
E aprendi q meus olhos choram, enquanto a alma sorri. Aprendi q o amor me excede e transborda meu corpo. Entendi q meu coração bate tbm em outro peito.
Eu tenho um tesouro.
E percebi q a vida virou vida, no dia em q ele chegou. 



Bombom branquinho, vc me ensina, a cada dia, q sou uma mulher de sorte.
Tê-lo como filho é enxergar q Deus me ama e confia em mim.
Vc é o maior tesouro q eu podia querer.
Prometo, durante todos os dias da minha vida, tentar retribuir a felicidade q me dá.
Mamãe te ama mais q tudo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Entre Fifi, metonímia e prazer na escrita.

Este negócio de ter um blog está me deixando um tantinho inchada de orgulho...de vez em qdo, me pego conversando com alguém sobre um fato q experimentei, uma situação q vivi e digo, segura da fonte e do conteúdo: é como eu escrevi em meu blog!!! Hehehe. Com o vitorioso sabor de quem é citado em um artigo científico ou revista formadora de opiniões.
Fico ainda mais eufórica qdo alguém q realmente admiro e respeito segue meus textos e aprecia a minha escrita. Digo especificamente da Aline, minha amiga Fifi, alguém cuja maneira de juntar idéias, de elucidar pensamentos é eficaz, exatamente pq simples e bela. Desde q a conheci, pude notar seu poder inquestionável de persuasão e a famosa lábia larapiana. Os predicados com a palavra escrita se fizeram notar mais tarde e, hj, devo dizer q tenho o delicioso hábito de ler tudo q Aline escreve. Vcs tbm podem fazê-lo, através do alinecarraro.wordpress.com, onde vão encontrar excertos interessantíssimos de uma vida cheia de sorrisos, encantos, desencantos e, sobretudo, fé.
É por isso q, toda pimpona, me valho de uma metonímia e digo: vale a pena ler Aline Carraro!!! Rs! (Sempre quis falar isso, soar como uma imortal da ABL, citando um amiguinho próximo...)
Escrever é um excelente exercício de auto-conhecimento, uma forma de se aproximar de gente querida e desnaturada (outra face da mesma Fifi), é um meio de se olhar por dentro, para se mostrar por fora. Por isso, gostaria de agradecer não só a Aline, mas, a todos q têm sido meus companheiros fiéis ou não na confecção deste diário. É muito legal ler seus comentários, ouvir suas opiniões.Isso me leva a me descobrir e perceber melhor. Espero q, para vcs, tbm seja de valia ler Bruna Cordeiro, pq, para mim, é dos maiores prazeres compartilhar minha história aqui.
Abraço!

domingo, 7 de novembro de 2010

Cartilha elaborada pelo tempo

Hj, percebo q chorar de emoção não é careta, nem vergonhoso.
Percebo q minha mãe tinha razão (e continua tendo), pq, agora, tbm sou mãe.
Descobri, em razão disso, q o amor q ela devota a mim é o mais verdadeiro e raro do mundo.
E q, muitas vezes, desprezei e maltratei esse amor. (perdão, mãe).
Percebo q não é preciso gritar, espernear para conseguir o q se quer.
Beijos não são trocas. São doações.
Noto q só ao Leo quero doar meus beijos para toda a vida.
Percebo q perdi muito tempo, tentando emagrecer, esconder celulites e estrias, para arrumar um namorado.
Porque o meu namorado já viu minhas gordurinhas, as celulites e estrias, mas, olha, sobretudo, o meu coração.
Hj, adoro rir à toa (apesar de não gostar muito da minha risada) e nem me preocupo com o risco de parecer tola.
Percebo q é bom, sim, ganhar flores, pq elas decoram, dão cheiro e cor ao momento (e não "não servem para nada", como a Bruna de 15 pensava)
Entendo q é importante, sim, estudar História e Geografia.
E também escovar os dentes.
Noto como é importante o abraço...e nele reconhecer o calor, o cheiro do cabelo, do perfume, a textura da pele (e não querer acabar rapidinho, com medo de q aquilo crie uma intimidade estranha).
Hj, consigo entender como é útil o telefone. Não para falar do fulaninho da escola, mas, para dizer da saudade, do amor.
Agora, reconheço como são indispensáveis os momentos junto com quem se ama, mesmo sem falar nada. Compartilhando o silêncio. Vai chegar uma hora em q até o silêncio vai-se embora com a pessoa. E a companhia do vazio é mais dolorosa e maior q qq constrangimento.
O cabelo é assim...não adianta permanente, rolinhos, papel alumínio, cachinhos de dedo, bobs...um dia, ele volta ao normal.(esse eu ainda tô aprendendo aos trancos e barrancos)
As mãos envelhecem. São, na verdade, o primeiro sinal q aponta à compra de um bom kit anti-rugas.
Mas, apesar de todo esforço, elas vão continuar envelhecendo.
Tomar sorvete sem ter motivo nenhum aguça o prazer.
Reconheço q é importante ter o seu perfume. Aquele q faça alguém sempre se lembrar de vc.
Amar é bom.
Amar é necessário.
Amar é imprescindível.
Ouvir Chico Buarque, ler Chico Buarque, saber Chico Buarque...vale a pena.
Não procurar entender a Martinha. Apenas amá-la.
Fotografias são importantes. Captam o q ninguém falou e revelam o mesmo sentimento, cada vez q observadas. Mas, é preciso conhecer seu melhor ângulo.
Ser mãe é divino.
Observar faz crescer.
Mudar é normal.
Usar sapato de salto é ótimo, enquanto as pernas não reclamam.
Vaidade é legal, mas, não pode nos afogar.
Ter saudade é (quase sempre) sinal de um bom amor. Revelar o amor dá mais sentido à saudade.
Estar perto de Deus alivia, restaura e fortalece.
Amigos são importantes.
Amigos são poucos.
Caminhar é decisivo. Não pelos passos. Mas, por onde se quer chegar.
Navegar não é preciso.
Viver é preciso...

o negócio é morrer primeiro.

Bom, já lhes disse q, aqui em casa, estamos doentes. E doença comigo é sempre sério...se para alguém é uma gripe simples, para mim, é pneumonia na certa!!!! ( o drama tbm é inerente...). O fato é q comecei a tossir e, junto a isso, sentir dores profundas no peito.
Portanto, procurei um médico pneumologista. O bambambam de Viçosa, me disseram.
Ao telefone, a voz caótica da secretária, atendeu: consultório.
Bruna (doente e pequenina de medo da voz de Monga) : bom dia, por favor, o doutor...
Cruela: já é paciente aqui?
Bruna: ainda não. Mas, estou sentindo uma dor no peito e nas costas, qdo...
Filha do cão: qual o convênio?
Bruna: Unimed. O doutor X pode me atender, em caráter de urgência?
Mortícia: Não.
Bruna: Não??? Então, pra quê me pedir tanta informação?
Bruxonilda: é o procedimento padrão, senhora. (o irritante senhora...pá de cal para esta situação constrangedora).
Bruna: olha, moça, o problema é q estou muito mal, com febre, dores em todo o corpo, não fui trabalhar e preciso q ele me veja.
Madame Caninana: Não há como, senhora. Ele está saindo agora, para um compromisso.
Bruna: Ele vai atender em algum hospital, no posto?
Naja: Não. Vai viajar...
Bruna (bufando de raiva): moça, se eu estivesse morrendo, doutor X deus não-sei-lá-de-quê me atenderia?
Maldita: hoje não, senhora, não há a menor possibilidade de encaixe.

É isso aí, meus caros. Em Viçosa, os "deuses" estão de saída. O q me deixa feliz é q o meu Deus não quer saber da minha Unimed, nem se tenho horário. E o melhor de tudo: trabalha sem secretária.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

como eu queria...

Queria q Arthur se orgulhasse de mim.
Eu queria ter certeza do q o choro dele significa.
Queria era não sentir tanta dor, qdo os olhinhos dele se fecham, caídos de febre...
Eu queria era assistir ao jornal, sem ter q ver pais espetando agulhas em filhos, mães prostituindo suas filhas.
Queria era ter certeza de q as eleições são mesmo um processo democrático, cuja soberania popular é inequívoca.
Queria nunca ver minha mãe chorar.
Queria nunca fazer minha mãe chorar.
Queria saber falar outras línguas.
E poder viajar o mundo.
Queria não ter q trabalhar a semana inteira.
E poder comer o tanto q fosse sem engordar um graminha sequer!!!
Queria ser famosa e dar uns pitis de leve no camarim!
Queria ter um arquivo confidencial no Faustão...(já tenho o meu discurso pronto, envolvendo lágrimas, sorrisos e todos aqueles que me ajudaram a chegar até ali)
E também ganhar um Oscar de melhor atriz estrangeira. (I also have a speech for this award!!!!)
Queria ter sorrido mais com meu pai.
Queria ter sorrido menos pra gente q não merecia.
Tbm queria não ter chorado por essas mesmas gentes...
Queria não me preocupar se vai sobrar dinheiro.
Queria ser a melhor esposa para o meu marido.
Queria falar mais com meu irmão.
E q as pessoas q eu amo soubessem q as amo de verdade.
Queria não ter q depilar...
Nem fazer a sobrancelha.
E não ligar pra cutícula crescendo ao redor da unha.
Queria ser menos chorona.
E q minha risada fosse mais contida.
Queria não ficar doente com tanta frequência.
E q minha voz fosse bonita como a da Fá.
E q soubesse tocar violão.
Queria q o menininho existisse (pra vc, meu amor!!!)
Queria ser melhor gente...
Queria não querer tanto...

(Bruna Cordeiro de Alencar)

Na saúde ou na doença

Aqui em casa, estamos todos doentes. Todos. Uma solidariedade poética q nos faz dividir espirros, febre, dores no corpo, de cabeça, na garganta...nossa música, atualmente, não é outra senão a do nariz q funga, funga.
Acho até bonitinho, claro q, guardadas as proporções devidas e as ações virais diversas. Pq isso acontece em qualquer situação. Digo desta osmose de sentimentos, comportamentos. É só eu estar chateada, ou triste q meus fiéis escudeirinhos tbm estão. Por outro lado, estando um de nós feliz, os outros tbm se contagiam. Isso me faz alegre pq é o q dá sentido à uma família. O suporte, o “estar lá pelo outro”.
Sempre tive muito medo de construir uma família desvirtuada, com filhos desgarrados, pais q mal se falam. Sempre tive medo de não ter amigos em minha própria casa. Mas, Deus é lindo e misericordioso. Minha família está fundada Nele, rocha sólida, presente. Somos espelho Dele. E assim espero q continuemos: sólidos e presentes um na vida do outro.
Na saúde ou na doença.
(Bruna Cordeiro de Alencar)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

De repente, trinta!

Eu me lembro de um episódio, qdo era mais nova, em q fui à padaria, perto da minha casa e um menininho se aproximou de mim e disse: moça, me arruma um trocado?
Aquilo foi a glória pra mim (claro q me solidarizei com a situação do menino), mas, ele havia se referido a mim como moça...eu já não era mais a menininha de antigamente! Era uma moça, com tudo o q isso agrega: rebeldia, insegurança, espinhas, sutiãs!! Foi um momento muito feliz, de triunfo velado.
Os anos se passaram e esta análise ficou para trás, em face a todos os eventos da minha vida. Meu pai faleceu, eu entrei na faculdade, me formei, fui morar fora, conheci o amor, me casei com o amor, me tornei mãe...
Eis q, outro dia, fui tirar cópia de uns documentos e o rapaz, muito solícito, me perguntou: só isso, senhora?
Opa!!!! Peraí! Senhora sou eu? A moça da padaria? Que parte desta história q eu perdi? Afffff...
28 anos, RENEW na bolsa, o músculo do tchau insistindo em descer, Fiuk, Restart, a modinha colorida, Hannah quem? Nada disso me pertence! 
Mas, é assim mesmo, né? As ruguinhas (ainda quase imperceptíveis - renew é mesmo bom!!!) vão ser as minhas companheiras, q vão me dizer das venturas, das desventuras...o tempo não é cruel. Ele só é justo.
E é na justiça do tempo, q caminho para a dignidade dos meus 29 anos. 29 anos felizes, de conquistas, de bênçãos, de presentes...e q venham os 30!

(Bruna Cordeiro de Alencar)