terça-feira, 12 de abril de 2011

priceless

Arthur é o máximo!

Hj, em uma das minhas raras folgas, passei um tempo com ele, na creche...e percebi, para minha surpresa e explosão de orgulho q meu filho é uma espécie de anfitrião mirim, do lugar. Todos q passam são brindados com o mais natural, sincero e sonoro OI, na intenção de se mostrar presente, de se mostrar pessoa, integrante do mundo, ao seu redor.

Ele sempre me surpreende, fazendo carinho em um colega q eventualmente chora, qdo o bico cai da boca, qdo é mordido, ou leva um tapa de outro amiguinho. Prontamente, Arthur encontra um brinquedo e o estende à criança, como q para aplacar o choro, ou o sofrimento. Lindo.

Mas, o mais bonitinho de tudo foi ver meu toquinho de gente, dependurado na cerquinha da sala, se despedindo dos amigos e dizendo a seus pais: boa tadi...

Não tem preço...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

LUTO

Eu não sou carioca. E não importa, neste momento, se sou brasileira, casada, mãe.
Eu sou humana. E, ontem, aos sete dias de abril de 2011, senti medo, nojo, vergonha, raiva de q assim seja.

A gente acorda, esfrega os olhos e, às vezes, maldiz os raios do sol entrando pelas frestas, menino gritando, a correria para tomar banho, tomar café e tomar coragem para trabalhar. Deve ser assim com muitos. Inclusive, com os q ontem conduziram seus filhos àquela escola. Com mães, pais, irmãos e afins q tiveram sua vida marcada, ameaçada e destruída. Pais, mães, irmãos e afins q, se soubessem o q traria aquele dia, teriam se detido na conversa, sorrido com os gritos e abraçado mais forte quem partiu.

Eu não sei o q está acontecendo. Mas, definitivamente, há algo errado com o mundo. Há algo torpe, vil e demoníaco assolando mentes, como a do assassino daquelas crianças. Causa asco tentar compreender os motivos. Não há. Nada é suficiente razão para extirpar sonhos e realidades.

Novamente, o sentimento de impotência ronda e assusta. Devo dizer q passei boa parte do meu dia - agora, fala a Bruna mãe - pensando em Arthur. Liguei para a creche, pedi a Deus, chorei por aquelas famílias, q, tbm impotentes, choram suas mortes.

Rogo a Deus q nos olhe e proteja. E, em especial, peço q dê conforto, força e coragem àquelas famílias, para, amanhã, novamente, despertarem. Silenciosas e sem alegria, mas, confiantes no Deus do impossível, de graça e misericórdia, de justiça, sobretudo.