segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Marcas do Eterno eu tenho em mim...

Desde q Arthur nasceu, aliás, desde a minha gravidez, tem sido muito intermitente a minha presença em uma igreja. Com alguma tristeza e muita vergonha, devo dizer q minha fé tbm tem se mostrado fraca, abatida. Felizmente, aquilo q vivi, o q já experimentei com o meu amigo Deus ainda está em mim. Talvez, adormecido, sim, porém, latente. Talvez, em virtude de uma saudade, de uma urgência de regressar, ontem, pedi ao Leo q voltássemos à igreja. Estou certa de q não buscava religião. Buscava a fonte. Buscava Jesus. precisava Dele.
Em casa, a gente, muitas vezes, procrastina uma série de compromissos com a nossa fé. Meus devocionais, por exemplo, praticamente deixaram de existir. Orava, todas as noites, qdo ia colocar Arthur para dormir...junto dele, fazia o Papai do céu, mas, me restringia a isso. Precisava de mais. Sentia-me vazia, impotente de me reabastecer sozinha.
Não digo q, por nossa ida à igreja ontem, já esteja renovada, íntegra novamente. Mas, sim, com muita certeza, pude sentir despertar o q repousava. Como diria padre Fábio de Melo, as marcas do Eterno estão em mim. E delas, não posso, nem quero fugir.

sábado, 18 de setembro de 2010

Bruna não, mãe do Arthur!

Fiquei grávida em novembro de 2008. Desde então, cedi, quase q compulsoriamente, a minha identidade àquele ser q ainda habitava o meu ventre. E o q me causou espanto no início foi o fato de ter gostado! Lembro as pessoas alisando minha barriga, perguntando sobre Arthur e não mais sobre mim, como de costume. A gestação ensina, dentre tantas outras coisas, q não há lugar para egocentrismo. E, depois q Arthur nasceu, aí sim!!!, mais ainda, só dá ele! Rs.
Venho experimentando, cada vez mais, um sentimento de orgulho, de plenitude pela vida do meu pequeno q só faz com q eu entenda q, sim, hj, sou a mãe do Arthur. Adoro qdo saímos juntos e alguém sorri para ele, brinca. A satisfação do meu filho adoça o meu dia. Ilumina a minha vida.
Ontem, falei ao telefone com uma amiga, a quem não vejo há algum tempo. Ela se demonstrou feliz com a ligação e iniciou: vc precisa vir me ver pq estou com muita saudade... (meu coração se alegrou com aquela manifestação tão natural de carinho) ... do Arthur!!!! O q fiz foi rir e sentir-me ainda mais satisfeita do q no momento do meu engano! É inevitável. Sou a mãe do Arthur e amo isso!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

shame on us...

Desde q me entendo por gente, ouço comentários depreciativos da minha forma física. E o q mais me incomoda, hj em dia, não é q as pessoas comentem, mas, q eu, inconscientemente, assuma maledicências alheias como inequívocas verdades. É óbvio q não devemos mascarar fatos, mas, custa utilizar do velho e bom eufemismo, ainda q para q sejamos menos cruéis com a gente mesmo?
Tenho certeza de q muitas pessoas (gordinhas, magrinhas, altas, baixas, do cabelo muito liso ou muito crespo, do nariz assim ou assado, brancas, negras, amarelas, whatever!) comungam com a minha inquietação. A forma através da qual o mundo nos vê é distorcida. Ao perceberem meu corpo vultoso, com  excessos e evidente opulência, acaso questionam q aquele é o frágil, descartável e passageiro invólucro de uma mãe dedicada, uma esposa fiel, uma filha zelosa? Em algum momento, é feita uma análise q transcende a aparência e descobre q sou fraca, forte, adulta, criança, q tenho medos, anseios, alegrias e dores? Não.
E o q me machuca é q o mesmo pré-juízo instalado nos q me vêem é tbm o q reside em mim, fruto de uma pretensão cultivada não sei por quê nem para quê...triste constatação.
O apóstolo Paulo dizia q o bem q queria não fazia, mas, sim, o mal q tentava evitar. Anos se foram desde então e o q se pode perceber é q a natureza do homem não muda. Não pretendo entrar no mérito de sermos bons ou maus. O dedo q aponto é para mim mesma, me lembrando q, antes de ser boa ou má, sou humana, filha de um Pai q é inteiramente amor e misericórdia e q, certamente, se lastima com meus rótulos e juízos e, ainda assim, me ama na essência.

"O essencial é invisível aos olhos." Saint Exupèry

(Bruna Cordeiro de Alencar)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

are we free?

Com o tempo, a gente vai perdendo a simplicidade, algo genuíno com q nascemos.
Arthur me ensina, com propriedade particular às crianças, o q é ser verdadeiro. Uma verdade q, de vez em qdo, chega a embaraçar as "gentes grandes". É qdo a gente diz: manda beijo e ele só o faz se lhe apraz. Outras vezes, simplesmente não quer ir ao colo, ou abre a boca no mundo, protestando por algo q ainda não pode verbalizar.
Quisera eu voltar a ser assim. Pudera eu. Hj em dia, vivemos tão irremediavelmente cercados de regras, de protocolos, de etiquetas q sufocamos, em muitas ocasiões, o q realmente queremos. Sorrimos qdo não desejamos, comemos sem ter fome, cultivamos uma polidez hipócrita e tácita, à qual nos sujeitamos pq "deve ser assim". Invejo Arthur. Que não é nem certo nem errado. É apenas sua essência. O q, no final das contas, o faz mais livre q qq um.

(Bruna Cordeiro de Alencar)

cultivar o amor



Leo e eu sempre nos preocupamos em cuidar do nosso amor. A gente sempre se assombrou com o fantasma da rotina que ronda a maioria dos relacionamentos. Mas, convenhamos, depois de quase cinco anos juntos, é inevitável repetir palavras, programas, beijos...sobretudo, quando se tem na barra da saia uma jóia como Arthur. Lindo, dócil, muito amado, mas, dispendioso!!! Em função dele, temos levantado cedo, dormido tarde, trabalhado como loucos. A criatividade, às vezes, cede lugar ao sono, ao tão repetido: ah, deixa pra amanhã.
O importante, entretanto, é não nos esquecermos do propósito com o qual iniciamos nossa família. Confesso que, muitas vezes, deixo passarem algumas boas oportunidades de um carinho ou um beijo mais demorado. Mas, hoje, exatamente ele, meu marido querido, fez com que esta vontade de regar o q recebemos do céu, voltasse à tona. No meio de uma aula, recebi uma mensagem que dizia: só quero dizer que te amo, lindinha...ah! Isso bastou para q meu coração se enchesse de ternura e da mais absoluta certeza de q Leo é meu companheiro, enviado pelo Pai, a quem devoto um amor muitas vezes silencioso, mas, vivo como o próprio Deus q o criou.

(Bruna Cordeiro de Alencar)