domingo, 27 de fevereiro de 2011

Speak up!!!!

Eu sempre fui de dizer o q penso. Confesso q, muitas vezes, me dei mal com isso. Afastei e feri gente. Gente importante, às vezes.
Já tentei, muitas vezes, oprimir essa característica, para me dar melhor com os outros, ser aceita, aceitar...isso é muito comum na sociedade.
Mas, não em um relacionamento amoroso. Vou compartilhar a experiência de quase 5 anos de um convívio intenso e, muitas vezes, doloroso. Leo é, sim, um homem maravilhoso. Mas, é homem. Tem sentimentos, defeitos e inúmeras virtudes. Assim como eu, sabe ferir, irritar.
Antes de nos casarmos, alguém nos disse q nunca fôssemos dormir brigados um com o outro. E assim tentamos fazer. Nem sempre conseguimos. Mais por minha outra característica de mula empacada e pirracenta. Mas, na maioria das vezes, se um machuca o outro, voluntária ou involuntariamente, tudo fica muito claro. Não tem essa de ir chorar sozinho, longe do outro, para q ele não perceba e cultivar a magoazinha q, amanhã, vira motivo de divórcio. Já disse q, algumas vezes, choro alto, fungando, desejando q ele venha e me paparique. Isso qdo é coisinha à toa.
Mas, qdo a dor é doída de verdade, qdo a palavra (q não tem volta) machuca lá no fundo e faz sangrar, aí, a gente faz o outro saber, com seriedade, com serenidade e, sobretudo, com respeito.
Tem gente q acha q o amor é quem segura as barras de um casamento, namoro, enfim...não acho. O respeito é quem faz esse papel. Mesmo para brigar, tenho q me lembrar q aquele é o homem q escolhi, com quem vou viver toda a vida, o pai de Arthur e dos futuros filhos. Mesmo para expor a minha raiva dele naquele momento, é preciso entender q não existe essa história de q chumbo trocado não dói. É preciso saber q o q quero é dizer do meu sofrimento e não causar outro.
Isso é difícil. Vou aprendendo aos poucos. Pq a vontade q dá, qdo alguém nos fere, é dizer cobras e lagartos. É pegar o calcanhar de Aquiles, o ponto mais sensível e doloroso das experiências da pessoa e enxovalhar seus sentimentos, vingar em medida excessiva a dor q a gente sente.
Mas, não há serventia nisso. Não há lugar para rancor e palavras engasgadas, sufocadas, qdo a gente ama.
Não serve para amar aquele q não espera pancadas, mal entendidos, discussões, quebra-paus e afins. Mas, a grande e indelével doçura do amor verdadeiro é ter, tbm, a certeza de q se pode até chorar, mas, a alegria vem de manhã, como diz a canção.

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