quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Como é bom...

O tempo, os sabores e as muitas pancadas da vida me fizeram entender q é absolutamente indispensável me amar. E, assim, tenho devotado tempo a cuidar de mim.
Antigamente, entendia q minha vida era um pouco, tbm, a vida da minha mãe, do meu pai, do meu irmão, da melhor amiga, de fulano e ciclano. E, deste modo, recaíam sobre os meus ombros os jugos, as tristezas e conflitos desse povo todo. E isso criava os meus próprios fardos. Eu era a Bruna incapaz de ajudar a mamãe, de socorrer o Diego, de resgatar qq um. Sentia essa impotência como o meu maior defeito, claro, adicionado às estrias, ao jeitão escandaloso e direto, à impopularidade na escola (pq, não, eu não era uma Barbie girl).
Bem, favas contadas, o saldo disso tudo: uma insegura e imatura gente grande, num mundo em q é preciso ser forte, é preciso ser adulta.
Deus é bom. Bom e lindo. Exuberante. Deus me laçou e começou a me moldar, fazendo perceber q meu corpo era demasiado importante, para repousar em braços vadios, começou a me mostrar q minha mãe, o Diego, a Martinha, o papa...todos têm seus problemas e q ele não havia me dado uma capa, nem um body vermelho ultra colado, para ter o poder de sanar tudo. Deus me mostrou q é preciso cuidar de mim.
E, hj, como é bom cuidar da Bruna! Como é bom saber a Bruna...como é bom passar um batom, ornar as orelhas, os pulsos, os dedos e sair brilhando...como é bom rir a mais sonora das risadas e me desafogar no prazer de estar viva! Como é bom me perfumar, passar a mão sobre meu ventre marcado de estrias, de flacidez advindas da gestação e perceber q, lá dentro, no berço, dorme a jóia mais preciosa do meu mundo, q fui eu quem o gerou. Como é bom saber q Deus me deu a graça de ser morada de Arthur q, hj, é morada da minha alegria!
É bom, tbm, conhecer meus limites. Sou a Bruna q não sabe controlar dinheiro. A Bruna q se enrola com números e sempre sai lesada em trocos grandes. Bruna q não pode ser exposta a demasiadas emoções para não se ver tremendo, querendo colo.
E o mais belo de tudo isso é o q segue: essa é a Bruna. Essa sou eu, q, por óbvio, não posso ser limitada a caracteres, mas, cuja essência é estampada na aceitação. Já briguei muito para mudar quem eu sou. Agora, brigo para manter o q sou.

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