quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Evolution!

A maioria dos meus alunos está na faixa dos 17 a 20 e poucos anos. De forma muito querida , me acolhem dentre eles, como uma comum, um de seus pares. Mas, devo dizer q, nem sempre me sinto parte...em especial, em seu vocabulário, reside uma lacuna, para não dizer um abismo entre nós.
Outro dia, um deles me disse: fessora, hj vc tá bruta! (Sorrindo)...eu tbm sorri, meio sem entender como a brutalidade havia se tornado algo elogioso! Depois, vim a saber q o q ele quis dizer é q eu estava bonita aquele dia!
Partiu, fessora! Partiu??? Pra onde? Quem partiu? Não, fessora, partiu é qdo tá tudo certo, resolvido, ok...

Muito interessantes essas gírias. Porque, a bem dizer, não há fundamento lógico q nos faça entender a relação entre o termo usado e o seu significado. É como se, aleatoriamente, pegassem uma palavra já existente e tentassem, em seu viés adolescente, subverter o posto e mudar estruturas. Incrível q, entre eles, tudo faz sentido!

Na minha época (ai, como esta frase me faz sentir o fardo dos meus vinte e tantos anos!), claro, tbm havia gírias...expressões q nos nivelavam, igualavam e nos fazia do mesmo bando. O famigerado "véi", que ainda povoa as bocas dos meninos de hj, era uma das mais usadas! Lembro minhas primas, a quem tentava imitar, dizendo q algo legal era "du galbi" e se alguém havia se excedido na bebida estava "trolets". Se quiséssemos saber se a pessoa havia entendido o dito era só soltar um: cê fraga?

Meu Deus! Como isso soa absurdo hj! Contudo, é assim q se faz, como a banda toca - para usar uma do tempo da minha mãe! E é até bacana (era da vovó!) participar dessa evolução!

Portanto, tia Bru tá ligada nessa bagaça, véi. E, por mim, tá de boa. Não fico de cara não. Eu não posso é ficar de fora do que tá bombando, valeu?
Partiu!

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