domingo, 23 de janeiro de 2011

Saudade.

Saudade é bicho traiçoeiro. Vem rasteira, preguiçosa e se aloja e ganha espaço e fica grande e transborda em rio de leito caudaloso de lembranças.
Tenho saudade do que vi.
De quem vi.
Tenho saudade de uma hora, de um dia, de uma vida.
De um olhar.
De um toque.
De um cheiro.
Uma voz.
Tenho saudade de lugar.
De sentir o vento no rosto.
De pisar aquele chão.
De ouvir as folhas cortando, delicadas, o ar.
Tenho saudade do bolo de cenoura da mamãe.
E do biscoito frito da vó.
Tenho saudade das férias na casa da Bina.
Das conversas com a Martinha.
Do carinho amigo da Fifi.
Dos telefonemas da Bru.
Da capela.
Do povo da capela (há exceções!).
Tenho saudade do Júlio.
E de pensar q era mesmo amizade.
Saudade da Fatinha, da Ângela, do David e da Val.
E de sentir neve desmanchar na ponta do nariz.
Saudade de dormir a noite inteira, o quanto quisesse.
De sair ontem e voltar hoje.
Saudade de quem foi levado da vida e ficou no coração.
Saudade de ouvir o Bruninha do meu pai.
Saudade do q passou.
E dos sonhos q morreram sonhos.

3 comentários:

  1. Márcia tem saudades de Emanuelle... sempre!

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  2. Vc tem saudades do Julio e não tem saudades de mim!!!! COmo assim?????

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  3. Re, vc leu direitinho o texto??? Tenho saudade de pensar q era amizade...a nossa eu sei q eh verdadeira e pra sempre!!! Te amo, amiga.

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