sexta-feira, 22 de outubro de 2010

meu rei Arthur...

A professora do Arthur disse q ele anda muito ciumento, q ela não pode sair de perto dele q começa o chororo. Outro dia, foi levar um coleguinha ao banheiro e, imaginem, teve q levar meu pequeno pela mão, para não haver decepção.
Isso me causou uma dor estranha. Culpa, raiva. Culpa por acreditar q deveria ficar mais próxima a ele, q deveria trabalhar menos (não é por falta de querer!), q deveria ter mais pique e energia para brincar, correr e tal. Raiva por não estar lá, dizendo q ele não precisa ter medo, q ninguém vai abandoná-lo. Acho q, tbm, fiquei triste. Eu me vi no Arthur, me sentindo apreensiva, qdo criança, achando q as pessoas iriam embora, q ninguém iria estar ao meu lado.
Eu era uma criança muito insegura. Isso se reflete na minha vida adulta. Depois q Leo surgiu ( o salvador da pátria!!!), muitas coisas mudaram. Mas, ainda me pego pedindo desculpas por acertos, perdão por erros alheios, exatamente pelo medo de me ver sozinha. E não quero isso para Arthur. Já sofri o suficiente para saber q não posso deixar o meu menino crescer assim.
Todo pai deseja o melhor para seu filho. Por isso, além das medidas pragmáticas, como trabalhar apenas meio período, para ficar com ele em casa, no ano q vem, comecei, desde já, um intenso processo de revisão das minhas virtudes e exaltação das mesmas. Claro q não para desenvolvimento de uma vil e pretensiosa "bruninha", mas, para q Arthur veja, em mim, um exemplo de auto-confiança e firmeza, permitindo q ele se torne forte, corajoso e amado, como seu famoso homônimo, da távola redonda.

(Bruna Cordeiro de Alencar)

Um comentário:

  1. Me emociona muito ver uma mulher se tornar mãe... é a metamorfose mais bonita da natureza!
    Deus é mesmo perfeito!
    Amo vc!

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